Acontece no dia 6 de maio, um debate abordando o tema da depressão. O evento, que será aberto ao público e gratuito, tem início às 19h30, na loja Maçônica Libertas Homini, que fica na Rua Dom Pedro II, 57 – bairro São Sebastião. Estarão debatendo o tema os profissionais: o médico psiquiatra Fabrício Henrique de Oliveira, a psicóloga Nara Rezende e o pastor Saldivar.
A cada 40 segundos, uma vida a menos por suicídio no mundo
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada 40 segundos, uma pessoa morre por suicídio no mundo e uma pessoa atenta contra a própria vida a cada três segundos. São mais de 1 milhão de mortes a cada ano, sendo mais de 13 mil suicídios no Brasil. Uma triste realidade, que registra cada vez mais casos, principalmente entre os jovens. Mas sabe-se que esse número é bem maior devido à subnotificação – boa parte dos casos não é registrada como suicídio.
Com o objetivo de prevenir e reduzir estes números o Setembro Amarelo cresceu e conquistou o Brasil inteiro: imprensa, empresas e poder público. O movimento ilumina monumentos históricos, pontos turísticos – incluindo o Cristo Redentor -, além de espaços públicos e privados no Brasil inteiro. Centenas de pessoas participaram de caminhadas e ações para a conscientização sobre este importante tema. Dia 10 de setembro é o “Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio”.
Ressalta-se a imprescindível de é promover eventos, debates e discussões sobre a importância de cuidar da saúde mental. Em outras palavras, a população precisa entender que a atenção à saúde mental é tão importante quanto à física. Além disso, promover a interação social ajuda a superar momentos em sofrimento. O intuito é refletir sobre a importância do cuidado com o próximo e do entendimento de suas limitações, suas dificuldades e seus conflitos.
A população precisa entender que a atenção à saúde mental é tão importante quanto à física. Além disso, promover a interação social ajuda a superar momentos em sofrimento.
Como mente e corpo estão associados, ao incentivar essas pessoas a procurarem ajuda, os riscos do desenvolvimento de diferentes doenças que surgem por influência de algum viés emocional são reduzidos. Por tal razão, a Saúde Pública tem buscado promover ações para frear os impactos das doenças mentais sobre a vida pessoal, social e profissional.
Desmitificar assuntos ligados à saúde mental
Segundo dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o número de pessoas afetadas no mundo pela depressão já ultraa 300 milhões. Além disso, o transtorno é a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos, mas a doença atinge indivíduos de todas as classes sociais, gêneros e idades.
O mesmo estudo demonstra que os índices de depressão no Brasil também são preocupantes. Observe:
cerca de 5,8% da população brasileira sofre de depressão, o que totaliza 11,5 milhões de casos;
o Brasil ocupa o primeiro lugar em casos de depressão na América Latina;
menos de 10% das pessoas diagnosticadas recebem tratamento adequado.
Tais estatísticas alertam para a necessidade de desmistificar temas ligados à saúde mental e estimular a busca de ajuda profissional. Um dos problemas de não procurar auxílio é o risco de evolução dessas doenças para quadros mais graves, que, inclusive, podem culminar com o suicídio.
Possíveis sinais de alerta da pessoa em sofrimento
Entre outros fatores, o estresse patológico, as crises frequentes de depressão, o consumo descontrolado de psicoativos e conflitos familiares geram grandes agravos para a saúde mental do indivíduo, principalmente na juventude. Isso requer mais atenção dos familiares para auxiliar o seu ente querido a superar tais quadros.
Decerto, pessoas que tentam o suicídio não querem colocar fim à vida, mas aos motivos que as fazem sofrer. Ou seja, nesses casos, elas não estão desistindo de viver, mas veem uma saída nesse ato para se livrar da dor e de seus problemas. Porém, antes de tomarem essa decisão, alguns sinais podem ser percebidos.
Nessa perspectiva, listamos os sinais que servem de alerta para o encaminhamento do familiar ou amigo para uma avaliação com um psiquiatra. Veja quais são:a pessoa perde o interesse de fazer coisas de que antes gostava; a a apresentar comportamento retraído, com muita dificuldade de integração social e com os familiares; tendência a ficar remoendo pensamentos obsessivos e negativos; demonstra pensamentos de desesperança, solidão, tristeza, baixa autoestima e falta de motivação para a vida; fica constantemente com irritabilidade, pessimismo, apatia e pode se mostrar agressiva; apresenta alterações extremas de humor, como raiva e rancor excessivo; demonstra sentimentos intensos de culpa, ansiedade, remorso ou vergonha; muda de assunto quando se fala sobre reabilitação mental ou tratamento para suicídio.
Além desses sinais, quando há histórico familiar de doenças psiquiátricas ligadas aos distúrbios de comportamento, humor ou personalidade, os riscos são mais elevados. Também é preciso observar se seu ente querido apresenta tendências ou ideações suicidas. Isso fica claro quando a pessoa doa seus pertences, visita parentes próximos e define um testamento.
