Foi realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), uma sondagem com micro e pequenas empresas.
A sondagem revelou uma situação preocupante, muitos empreendedores não possuem reservas e alguns encontram muitas dificuldades para realizar pagamentos de contas e pendências. A elevação do índice de inflação no Brasil dificulta ainda mais a vida desses indivíduos.
Os setores sondados apresentam diferentes resultados, contudo, a situação não é das melhores para a maioria daqueles que vivem de seus empreendimentos. A pandemia de Covid-19 influenciou bastante nos resultados obtidos pela sondagem.
Diagnóstico da sondagem
A iniciativa do Sebrae e da FGV desvelou uma preocupante realidade, cerca de 52% dos micro e pequenos negócios não possuem reservas, 12% encontra dificuldades para realizar o pagamento de suas dívidas. Os empreendedores que possuem algum recurso, os utiliza para a manutenção do negócio por mais um trimestre.
Segundo Carlos Melles presidente do Sebrae, a situação ainda não é confortável, contudo, já é melhor em comparação ao ano ado, quando os empreendedores não detinham recursos nem para manter os empreendimentos por dois meses.
Ao se tratar das reservar os setores apresentam resultados variados, o setor de serviços é um dos mais prejudicados, cerca de 59% dos negócios nessa área não possuem recursos em reserva, 15% desses possuem dificuldades para arcar com suas dívidas.
No setor da indústria, 50% não possui recursos em reserva e 13,2% possuem dificuldades para arcar com suas contas. O segmento do comércio é o que se saiu melhor na sondagem, cerca de 44,5% não detêm recursos e 7% não tem como arcar com suas contas.
Recursos deverão ser utilizados
Conforme a sondagem, 48% daqueles que possuem reservas deverão utilizá-los no decorrer dos próximos 12 meses, desse número, 4% deve utilizar todos os recursos em reserva. Segundo as informações obtidas, o segmento da indústria é o que mais deve utilizar essas reservas.
As reservas deverão ser utilizadas para investimentos em maquinário e infraestrutura. Segundo Melles, o setor apresenta expectativa para o aumento de produção e competitividade, 16% dos integrantes do setor utilizarão as reservas para saldar dívidas e pagar contas.
Cerca de 42% do setor de serviços utilizarão as reservas para maquinário e modernização. Contudo, 23,3% utilizará os recursos para quitar dívidas. O setor de serviços encontra dificuldades por isso não investirá tanto quando o segmento da indústria.
Já 41,5% do comércio utilizará os recursos para a aquisição de insumos e infraestrutura. Além de investir em matéria-prima.
Fonte: jornalcontabil