Profissionalmente, há 43 anos, estou em contato direto com a Psicologia do Trânsito. Esta área me atraiu desde a faculdade, pelos estágios que fiz na Psicomed Lafaiete Ltda como estudante, onde o Dr José Álvaro Castanheira, médico psiquiatra, era o perito médico e Heloísa Helena Silva Moreira, psicóloga, era a perita na avaliação psicológica, aos quais rendo minha gratidão pela oportunidade de aprendizagem. Desde este época, participei de várias campanhas promovidas pela Prefeitura Municial, Psicomed, auto escolas. E, cada vez mais, com o aumento de veículos automotores, pelo maior contingente de motoristas na ativa, venho refletir sobre o tema: No Trânsito, sua responsabilidade salva vidas.
Assim como a avaliação médica, a avaliação psicológica tem o objetivo de avaliação, prevenção e indicação de tratamento para o indivíduo que se prepara para ser condutor, mudar de categoria ou adicionar outra e renovar sua CNH.
Como perita na área psicológica, vejo o fator humano no trânsito envolvendo experiência de habilidade na direção, convivência, interação com outras pessoas, outros motoristas e atuação nas rodovias, ruas, empresas, área urbana e rural.
Várias habilidades são necessárias na condução de um veículo automotor: psicomotoras, socioemocionais, atencionais, de memorização, raciocínio, conhecimento inibitório, raciocínio, a percepção apurada. Ressalto a importância do estado de presença. Sobre este item vou focar a minha exposição, fazendo uma analogia do carro com o ser humano:
– Para quem o carro serve? Para facilitar a locomoção.
– Para que o volante fica à frente, em contato direto com o condutor? Para que ele possa usar os seus membros superiores na condução da direção.
– Os faróis, para que servem? Para que possa visualizar o que está à frente.
-O retrovisor, para que serve? Para que a pessoa tenha uma referência de onde ou, perceba os sinais dos condutores e possíveis ultraagens.
– O freio, para que serve? Para deter o veículo diante de obstáculos na natureza, de prováveis comportamentos ofensivos ou abusivos de outros condutores, pessoas, animais ou para chegada ao objetivo traçado.
-A manutenção, para que serve? Para que o veículo continue funcionando adequadamente, o que inclui manutenção constante, combustível, limpeza do veículo, água.
E, comigo e com você, acontece o mesmo:
Estar instalado no presente, atento aos acontecimentos, visualizar o futuro, traçar metas, olhar o ado como ponto de reflexão sobre os acontecimentos de sua vida, sem se fixar neles mas, como parâmetro para avaliar o seu desenvolvimento como ser humano e impedir que o ado ultrae o seu presente e se instale no futuro, prejudicando sua caminhada, paralisando-o.
No volante, você é o condutor. Os ageiros podem dar sugestões mas, é você quem comanda a sua vida e se adapta às circunstâncias, aos indicadores externos e cria novos caminhos, o que for necessário fazer, sem prejudicar ninguém, para que alcance seus propósitos.
O freio, ah, como é importante! Equalizar suas emoções. Elas vêm, são reações biopsíquicas. Mas, o que fazer com elas? Conhecê-las, nomeá-las, buscar o pensamento, o sentimento que elas acarretam em você e ter o controle no seu comportamento.
Manutenção, sair da zona de conforto, buscar conhecimento, alimentar suas amizades, valorizar a família.
Água, fonte viva, ligada à purificação, nutrição, espiritualidade, transcendência, oração, meditação.
Espero que esta breve exposição possa contribuir para uma autorresponsabilidade que salve vidas no trânsito mas, que salve a sua vida, para que ela tenha um sentido maior, onde você se desenvolva como ser integral.
Luiza Maria. Psicóloga perita do trânsito.
Diretora Psicomed Lafaiete Ltda.
