O Sicredi fechou o ano de 2020 com mais de R$ 58 milhões liberados em
financiamentos para novas unidades de geração fotovoltaica no Estado. O
resultado representa um avanço significativo em relação a 2019, quando foram liberados R$ 12.600 para os investimentos em energia solar. A tendência é de que os números continuem a apresentar alta em 2021, ultraando os R$ 100 milhões.
As boas expectativas estão alicerçadas em todo o potencial de crescimento da energia solar não só em Minas Gerais, como em todo o Brasil. Vice-presidente da Central Sicredi Sul/Sudeste, Márcio Port salienta que o setor ainda é pouco explorado no País, o que mostra que ainda há muito espaço para se expandir. “A energia solar representa somente 1,7% da nossa matriz energética. Tem muito espaço para crescer”, destaca ele.
Nesse cenário, somente no ano ado, foram financiados 652 equipamentos do setor nas então 39 cidades contempladas pela atuação do Sicredi em Minas Gerais. O número é bem maior do que o verificado em 2019 (113).
A instituição financeira cooperativa, que atualmente conta com 44 agências no Estado, espera chegar a 83 até o fim deste ano. Além disso, deverá aumentar a sua área de abrangência para aproximadamente 70 municípios.
Terreno fértil – Embora, conforme destaca Port, a energia solar não tenha uma grande representatividade na matriz energética brasileira, essa situação tende a mudar ao longo do tempo. A procura por financiamentos por parte do setor tem sido muito boa, de acordo com ele.
Um dos fatores que contam a favor de Minas Gerais e do Brasil, diz, é a própria irradiação solar, mais propícia inclusive do que a de alguns países europeus em que o setor é mais avançado.
Diante desse quadro, aliás, o Estado tem tido posição de destaque. De acordo com os dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Minas Gerais é o primeiro no ranking de geração solar distribuída, responsável por 19,6% do parque brasileiro.
Outro fator que influencia a expansão da área e consequentemente os
financiamentos relacionados ao segmento de energia solar, afirma o vice-presidente da Central Sicredi Sul/Sudeste, é o período de retorno do investimento, que é de algo em torno de cinco anos. “Já a vida útil dos equipamentos é de cerca de 25 anos”, ressalta.
Além disso, em uma época em que a preocupação com o meio ambiente também tem sido algo constante e propagado, a energia solar adquire mais forças por conta das questões sustentáveis, segundo Port.
“Tem sido percebida uma preocupação maior em relação a isso atualmente. As pessoas têm se preocupado com a escassez de água.”, diz ele. “Além disso, com as pessoas ando mais tempo em casa por conta da pandemia da Covid-19, também tem havido uma preocupação maior em estruturar mais as casas”, afirma o vice-presidente da Central Sicredi Sul/Sudeste.
Fonte: Diário do Comércio
Por Juliana Siqueira