O VELHO SPÍNDOLA

O VELHO SPÍNDOLA

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As noites merecem o velho Spíndola.

Aliás, as noites estão a merecer uma alma

                                  [penada e despenada.

As noites não têm vida, apenas estremecem

A vida dos outros.

O velho Spíndola conta morte por morte

Que a noite festeja em arrogância insana

Na América festeira, nesse desarranjo

                                                       [mental.

A noite sorri em gargalhadas régias

                                       [estando no poder.

O velho Spíndola não vai escrever nada.

A noite em completa desafeição lhe

Furtou o pulmão e a mão esquerda.

Ele não respira mais nesta terra, o Homem

                           [de mão, sectário da noite.

Sílvio Lopes de Almeida Neto


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