Itaverava – <em>Terra de Marilia de Dirceu</em>

Itaverava – Terra de Marilia de Dirceu

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“Toma de Minas a estrada,Na Igreja nova, que fica

Ao direito lado, e segueSempre firme a Vila Rica.

Entra nesta grande terra,a uma formosa ponte,

a a segunda e a terceira Tem um palácio defronte.

Ele tem ao pé da portaUma rasgada janela,

É da sala, aonde assisteA minha Marília bela.”

Marilia de Dirceu – Lira XXXVII – Tomás Antônio Gonzaga

O poema acima, escrito para a musa da Inconfidência Mineira é uma declaração de amor á noiva do inconfidente Tomás Gonzaga, a srta Maria Dorotéia Joaquina de Seixas (conhecida como Marília de Dirceu).Essa teria nascido na Fazenda das Goiabeiras, de nossa Itaverava. Essa e outras fazendas infelizmente não mais existentes, nem em ruinas lembrando os tempos áureos, com raras exceções como a belíssima Fazenda da Rocinha, (caminho da aldeia vizinha de Santa Ana dos Montes).

Certo é que a descoberta do ouro se deu  nessas plagas, (o primeiro ouro de nossas Minas comunicado à Coroa Portuguesa, foi o de Itaverava), em 1692, como inscrito no monumento defronte à também monumental Igreja de Santo Antônio, essa tombada pelo IPHAN, pela sua riqueza sacra.História viva da agem de mestres como Atayde, por essas terras do Guarapiranga. Nesse território dourado, abençoado por Deus e por El Rey,o povoamento de gente boa se deu antes mesmo do Ouro Preto e Mariana, (ali ferveram as Catas Altas e as Minas se mostraram prosperas).

O núcleo histórico urbano de Itaverava, (infelizmente desfalcado de alguns sobrados da era dourada e asfaltado o seu perímetro, em detrimento do patrimônio cultural) vale uma visita. Ainda se vê ali imóveis de valor histórico ao lado do monumento católico (Igreja de Santo Antônio) patrimônio cultural nacional. Siga em frente até a cidade de Piranga e compare as pinturas de Itaverava com as do arraial do Bacalhau, Vá até Ouro Preto e constate e se delicie com o supra sumo da arte barroca setecentista, que verás também em nossa gloriosa Ita (pedra) Verava (brilhante).

Delicie-se também com a gastronomia na Terra de Marília. Ao lado da Igreja de Santo Antônio ou no pé da serra, experimente outro patrimônio de nossa terrinha: a sua rica gastronomia. A família de Senhor Jair Neto, da antiga parada de ônibus, brindou-nos com a mais pura tradição da cozinha mineira. Para abrir o apetite, experimente outra delícia local: a cachaça artesanal, de excelente qualidade e tradição. Faça o CIRCUITO da CACHAÇA MG482 (parada Itaverava). Vá ao alambique da Pedra Brilhante e deguste o fino da bebida das Minas. Antes, e pela Escola de Cachaça Artesanal do Arnaldo Ribeiro. Mas antes de parar para o almoço com torresmo, couve e tomar outras da região, vá ao Alambiques Santa Efigênia. A mais importante fábrica de alambiques e correlatos das Américas fica, sim, em nossa Itaverava, Exportam alambiques para os ingleses fazerem seu Gin. Pasme: temos também o Gin, como uma nova opção etílica local (de excelente qualidade também) a se encontrar fabricado nas terras de Marília. Faça se acompanhar de um motorista que não beba.

Para maiores informações dos atrativos de Itaverava, ligue 31   3757 1135 ou 3757 1240.

Zé Geraldo é agente cultural, do Patrimônio Cultural das terras de Santa Ana e dessas Minas montanhesas.

Pinturas de Atayde na Igreja de Santo Antônio de Itaverava – patrimônio nacional.
Igreja de Santo Antônio (tombada pelo IPHAN) e ao lado Casarão de Padre Taborda (tombado pelo IEPHA/MG).
Fazenda Bom Retiro
Comidinha mineira de Itaverava: destino gastronômico.
Cachaça Pedra Brilhante: exportação. Foto divulgação do Circuito Villas – Projeto Vivências

Laboratório de Gin, da fábrica de alambiques Santa Efigênia. O mais completo das Américas. Foto divulgação do Circuito Villas – Projeto Vivências
Capela de Santa Efigênia – Barra, Itaverava


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