Comissão acompanha embates entre moradores de Congonhas e mineradoras

Comissão acompanha embates entre moradores de Congonhas e mineradoras

Spread the love

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) visitou Congonhas, na Região Central do Estado, e encontrou um cenário preocupante, marcado por uma série de problemas relacionados à atividade minerária. A deputada Beatriz Cerqueira (PT), responsável pela visita, teve como foco inicial a análise das nascentes que abastecem o Bairro Pires, agora sob impacto das operações da mineradora local.

Durante a escuta com os moradores, surgiram queixas de caminhoneiros autônomos que estão perdendo contratos de transporte de minério, os quais estão sendo reados para transportadoras de fora da cidade. “Estão nos jogando pra fora de casa”, desabafou Vinícius Henrique, um dos motoristas afetados, enfatizando a dificuldade de sustentar suas famílias sem o trabalho.

Na comunidade de Santa Quitéria, os moradores expressaram angústia diante do Decreto 496, que declara de utilidade pública terrenos para a expansão da mina Casa da Pedra, da CSN. Beatriz Cerqueira destacou que a mineração frequentemente resulta na violação de direitos, deixando as comunidades vulneráveis e sem e. Marlene de Souza Alves, moradora de Pires, mencionou os problemas causados pela mineração, como poeira, rachaduras nas casas e, principalmente, o o à água, que vem se tornando escasso.

As nascentes, que sempre abasteceram a comunidade, estão com a vazão reduzida. A empresa Ferro + itiu que a queda na vazão, que anteriormente era de 50 a 60 m³/segundo, agora está entre 10 e 12 m³/segundo, sendo compensada com água de poços de rebaixamento. No entanto, os moradores questionam a qualidade da água e temem que em a ser cobrados pelo abastecimento.

Durante a visita, a comissão constatou a presença de remanescentes de Mata Atlântica e patrimônio histórico em Santa Quitéria, levantando preocupações sobre o impacto da mineração na preservação ambiental e cultural. Antônia Aparecida Alves, líder comunitária, reclamou da falta de informações e do clima de insegurança causado pela iminente desapropriação.

A comunidade se prepara para resistir às ameaças, e representantes da área ambiental da prefeitura já estão trabalhando para embasar uma ação que proteja a área. A situação em Congonhas evidencia a complexidade dos conflitos entre mineração, direitos das comunidades e preservação ambiental, destacando a necessidade de um diálogo efetivo e ações concretas para garantir a sustentabilidade e o bem-estar dos moradores.


Spread the love

Deixe um comentário